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Archive for maio \31\America/Sao_Paulo 2023

Produção em fábricas no Japão tem queda inesperada

Os resultados mais recentes provavelmente refletiram o impacto da desaceleração global, ofuscando os efeitos positivos da melhoria nas redes de fornecimento

A produção em fábricas no Japão diminuiu inesperadamente pela primeira vez em 3 meses no mês de abril em meio a uma desaceleração global, em um início fraco no segundo trimestre do país.

De acordo com dados do Ministério da Indústria divulgados nesta quarta-feira (31), a produção industrial caiu 0,4% ante o mês anterior após 2 meses consecutivos de aumentos. Economistas haviam previsto um aumento de 1,4%.

Os resultados mais recentes provavelmente refletiram o impacto da desaceleração global, ofuscando os efeitos positivos da melhoria nas redes de fornecimento.

A fraqueza na produção doméstica é uma resistência em potencial para a economia japonesa, que mostrou recentemente sinais de recuperação, especialmente no primeiro trimestre.

“Foi excepcionalmente fraca”, disse Kota Zuzuki, economista na Daiwa Securities. “A produção para fabricação de máquinas, componentes eletrônicos e dispositivos foram consideravelmente menores do que o previsto. Isso reflete fraqueza na demanda global por produtos, particularmente nos EUA e Europa. A China também não está indo bem”.

Um relatório separado do Ministério da Indústria mostrou que vendas no varejo também caíram pela primeira vez em 5 meses em abril em comparação ao mês anterior, ao contrário de dados anteriores os quais indicaram uma tendência de consumo positivo.

Além de temores sobre a desaceleração global, há vários riscos pairando sobre a economia japonesa. A economia dos EUA e situação financeira continua sendo uma fonte de preocupação.

A economia da China também não parece estar tão forte como o inicialmente esperado. As exportações do Japão para o país vizinho vêm caindo há 5 meses, indicando que a recuperação da China está perdendo momento após um estouro inicial na atividade de consumidores e negócios no início do ano.
Fonte: Portal Mie com Japan Times

Micron investirá ¥500 bilhões no Japão para produzir chips avançados

O país tem se esforçado para revigorar o setor, cuja participação no mercado global caiu de 50% para 10%

A Micron Technology disse na quarta-feira (17) que investirá até ¥500 bilhões (3,70 bilhões de dólares) em tecnologia ultravioleta extrema nos próximos anos com o apoio do governo japonês.

As mais recentes máquinas de fabricação de chips de litografia ultravioleta extrema (EUV) serão usadas para fabricar chips de 1-gama, que podem ser usados para produção em massa de material necessário em aplicações complexas, como redes de processamento de imagem.

A Micron será a primeira empresa de semicondutores a trazer a tecnologia EUV para produção no Japão, disse a empresa, acrescentando que espera aumentar a produção de EUV em Taiwan e no Japão a partir de 2025.

O anúncio ocorre depois que a fabricante de chips de memória dos EUA iniciou a produção em massa de seus novos chips de memória dinâmica de acesso aleatório (DRAM) 1-beta de alta capacidade e baixa potência em sua fábrica em Hiroshima no ano passado.

O Japão tem se esforçado para revigorar seu setor de chips, cuja participação no mercado global caiu de 50% para cerca de 10%, em relação ao final dos anos 1980, enquanto os Estados Unidos estão cada vez mais instando seus aliados a trabalharem juntos para combater os chips da China e o desenvolvimento de tecnologia avançada.
Fonte: Alternativa com Reuters

Inflação leva mais empresas no Japão à falência

No ano fiscal de 2022, quatrocentas e sessenta e três companhias pediram falência devido aos altos preços ou incapacidade de passar os custos aos clientes

Os preços altos estão começando a colocar pressão sobre negócios de pequeno e médio porte no Japão, forçando um número recorde a ir à falência enquanto o país fica atrás de países no Ocidente em passar os custos crescentes aos clientes.

No ano fiscal de 2022, quatrocentas e sessenta e três companhias pediram falência devido aos altos preços ou incapacidade de passar os custos aos clientes, de acordo com a Teikoku Databank.

O número foi 3,4 vezes maior do que os 136 casos do ano fiscal de 2021. Só em março deste ano houve 67 casos, um alta recorde para um único mês.

Exemplos da tendência podem ser vistos no país. Em 1º de março, a operadora de uma empresa que vende carnes em Osaka pediu falência.

Os lucros foram poucos devido às dificuldade em passar os custos, e o estabelecimento terminou com dívidas de ¥300 milhões (US$2,2 milhões), de acordo com o Tokyo Shoko Research.

Uma operadora de fonte de água termal em Fukushima, impactada pela redução de clientes durante a pandemia e custos de combustíveis mais altos, pediu processo de reabilitação civil em 28 de fevereiro.

Suas dívidas, incluindo aquelas de uma companhia afiliada, totalizaram ¥2,5 bilhões, de acordo com a Teikoku Databank.

Custos estão sendo passados aos clientes de forma mais lenta no Japão do que nos EUA e Europa.
Fonte: Portal Mie com Asia Nikkei